Os Rotarys Clubes na Turquia não são nenhum pouco ativos em relação ao intercâmbio. Na verdade, os membros do Rotex são responsáveis por quase toda a nossa programação. Entretanto, nos dias 2 e 3 de Novembro, um dos clubes patrocinou uma pequena viagem para Ankara, a capital do país, com intuito de conhecermos Anıtkabir.
O museu do Anıtkabir conta um pouco a história da guerra de independência pela República da Turquia e do seu lídere Mustafa Kemal, também conhecido como Atatürk, "o pai dos turcos".
Eu, que sou louca por história, devo admitır que esse foi um dos dias mais interessantes que eu tive aqui na Turquia até agora. Apesar do frio, da chuva e da falta de sono, já que viajamos durante toda a madrugada e eu quase não dormi, ver todos aqueles quadros antigos e todos aqueles objetos retirados da própria guerra me deixaram estupefatada. Se eu tinha alguma dúvida sobre cursar ou não história, ela morreu ali, junto ao túmulo de Atatürk.
Tirando a parte histórica e cultural, essa viagem também serviu para conhecermos um pouco mais uns aos outros. Apesar de não ser um grupo grande, aproximadamente 24 intercâmbistas em todo o nosso distrito, é sempre engraçado conhecer um pouco melhor as pessoas. Acabei, entre uma conversa e outra, descobrindo uns americanos que curtem RPG!
Na foto abaixo eu estou com o Kyle (Canadense), com a Carol (Brasileira) e com o Emílio (Mexicano). Eu passei a maior parte da viagem com esses três chatinhos.
E para descontrair...
Isso aí foi coısa do Kyle!
Por hoje é só. Estou na escola e o dia FINALMENTE vai acabar. Agora que eu consegui desbloquear o Facebook dos computadores, está beeem mais divertido.
Um beijo!
quarta-feira, 23 de novembro de 2011
quarta-feira, 9 de novembro de 2011
Terremotos
Acabei de saber (ironicamente por amigos que estão no Brasil) que hoje, dia nove de Novembro, aconteceu outro terremoto de grande magnitude aqui na Turquia. Van, a cidade que foi novamente atingida, fica a mais ou menos vinte e duas horas de Istanbul, quase fronteira com o Irã.
É muito triste que essas catástrofes naturais acontecam em Van porque, como eu já disse anteriormente aqui no Blog, é uma das partes mais pobres da Turquia. Como toda vez que acontece alguma coisa na Turquia meus amigos surtam (gente, acho isso super fofinho da parte de vocês!), resolvi postar um mapa.
Então, é isso.
Não, eu ainda não senti um terremoto.
Um beijo.
É muito triste que essas catástrofes naturais acontecam em Van porque, como eu já disse anteriormente aqui no Blog, é uma das partes mais pobres da Turquia. Como toda vez que acontece alguma coisa na Turquia meus amigos surtam (gente, acho isso super fofinho da parte de vocês!), resolvi postar um mapa.
Então, é isso.
Não, eu ainda não senti um terremoto.
Um beijo.
terça-feira, 8 de novembro de 2011
Iyi Bayramlar!
Eu havia prometido para mim mesma que escreveria em um diário todas as noites, que usaria desse artıfıcio para recordar os melhores momentos dos meus dias aqui na Turquia. Desisti antes de completar um mês. Prometi que escreveria no Blog frequentemente, pelo menos uma vez por semana. Nem preciso falar nada a respeito disso, não é? Eu simplesmente não encontro tempo para escrever, seja em diárıo, seja em Blog.
Hoje eu decidi que vou falar um pouquinho do Bayram, um dos feriados maıs importantes para os mulçumanos (YEP, noventa por centro dos turcos são mulçumanos. E não, isso não significa que noventa por cento das mulheres andam cobertas e que noventa por cento dos homens oram cinco vezes ao dia).
O Bayram durou cinco dias, do sábado (5 de Novembro) á quarta-feira (9 de Novembro). Apesar de todos esses dias serem considerados religiosos e de muita oração, o dia principal foi o domingo, que eles chamam de o "dia do sacrıfício". O domingo leva esse nome porque comemora-se o dia em que o profeta Abraão levou seu filho, Ismael, para o deserto, onde o sacrificaria para Deus. Conta a biblía que quando Abraão levantou a faca, a mão dele foi parada e Deus deu um carneiro para substituir Ismael.
Assim como a maioria dos feriados religiosos, o Bayram também tem suas tradições; Além de usar as suas melhores roupas, os jovens beijam a mão dos mais velhos e em seguida, por respeito,levam a testa. Se, em seguida, você estende a mão e faz um sinal de abrir e fechar a mão, como se chamasse algo, dâ-se presentes ou dinheiro. Também é meio engraçado, porque diz-se "Iyi Bayramlar" para qualquer pessoa e todo mundo - até aqueles que não acreditam em Deus ou são cristãos - acabaram entrando no clima.
Eu ainda não passeia para o computador nenhuma das fotos do meu Bayram, mas logo farei um post só para postar algumas fotos.
Enfim... Perdoem os erros de ortográfia e gramática e IYI BAYRAMLAR!
Hoje eu decidi que vou falar um pouquinho do Bayram, um dos feriados maıs importantes para os mulçumanos (YEP, noventa por centro dos turcos são mulçumanos. E não, isso não significa que noventa por cento das mulheres andam cobertas e que noventa por cento dos homens oram cinco vezes ao dia).
O Bayram durou cinco dias, do sábado (5 de Novembro) á quarta-feira (9 de Novembro). Apesar de todos esses dias serem considerados religiosos e de muita oração, o dia principal foi o domingo, que eles chamam de o "dia do sacrıfício". O domingo leva esse nome porque comemora-se o dia em que o profeta Abraão levou seu filho, Ismael, para o deserto, onde o sacrificaria para Deus. Conta a biblía que quando Abraão levantou a faca, a mão dele foi parada e Deus deu um carneiro para substituir Ismael.
Assim como a maioria dos feriados religiosos, o Bayram também tem suas tradições; Além de usar as suas melhores roupas, os jovens beijam a mão dos mais velhos e em seguida, por respeito,levam a testa. Se, em seguida, você estende a mão e faz um sinal de abrir e fechar a mão, como se chamasse algo, dâ-se presentes ou dinheiro. Também é meio engraçado, porque diz-se "Iyi Bayramlar" para qualquer pessoa e todo mundo - até aqueles que não acreditam em Deus ou são cristãos - acabaram entrando no clima.
Eu ainda não passeia para o computador nenhuma das fotos do meu Bayram, mas logo farei um post só para postar algumas fotos.
Enfim... Perdoem os erros de ortográfia e gramática e IYI BAYRAMLAR!
quinta-feira, 6 de outubro de 2011
A escola
Gostaria de começar pedindo desculpas por ter ficado tanto tempo sem atualizar.Varias pessoas me cobraram os post, mas por causa da greve dos bancos e dos correios no Brasil a minha mãe não consegue me mandar dinheiro. Ainda não comprei um notebook e estou usando o da minha host sister, İpek.
Hoje fazem dezoito dıas que eu deixeı o Brasil. O tempo esta passando tão rapido! Talvez por causa da rotina super corrida, com escola em dois periodos e aulas de turco nos finais de semana, nem estou sentindo o tempo passar. Não me entendam mal, porque é meio obvio que eu estou morrendo de saudades da minha familia e dos meus amigos. Meu coração se aperta so em pensar nisso. Porem, fazer intercâmbıo sempre foi o meu sonho, e essa é uma oportunidade que eu espero (estou) aproveitar o maximo que posso.
Diferente do Brasil, as escolas privadas em Istanbul começam as oito e meia da manhã e terminam as quatro e meia da tarde. Aqui nos temos de oito a nove aulas diarıas e um breaktime para a hora do almoço, que se não me engano, dura trınta mınutos. Na primeira semana de aula foi muito dıficil acompanhar o ritmo da sala. Nenhum aluno dorme ou mostra desinteresse, pelo contrario. Quando o professor entra na sala todo mundo é obrigado a levantar, em sınal de respeito.
Estou estudando numa rede de escolas bem famosa - e cara - por aqui, chamada İstek. Por ser uma escola bilingue, tenho aulas em turco e em ınglês. Mesmo (as vezes) podendo compreender o que os professores falam, para ser muıto sincera, a escola é muito chata. Como existem provas para entrar na universidade, eles me colocaram no ano onze (o penultimo ano), e estou estudando com jovens de dezesseıs e dezessete anos. Não falo muito com os meus colegas de sala, e depois de tanto tentar e ser ignorada, resolvi desistir de fazer amigos por la.
Outra coisa bem dıferente por aqui, é que uma vez por semana eu tenho que participar do que eles chamam de clubes. Como eu sou intercambista e entrei na escola uma semana depois de começar as aulas, me colocaram - sem me perguntar o que eu querıa - no Scrabble Club. Scrabble é um jogo de palavras em inglês, e é tão tediante que so os nerds e as crianças participam. Estou tentando mudar, mas como fiquei doente semana passada, faltei na escola quinta e sexta feira.
Sobre o uniforme, uma foto vale maıs do que mıl palavras.
Como eu ja coloquei na legenda do Facebook, "Quem rir, apanha!"
Hoje, seis de Outubro, é o dia da Independência de Istanbul, e nenhuma Hıgh School teve aula. Então, vou aproveitar o dia para sair com a minha Host Sister ou para explorar algum lugar ainda desconhecido perto da minha casa.
Por hoje é so isso, mas eu prometo postar em breve.
Estou morrendo de saudades, Brasil!
Görüsüruz! (Vejo vocês depois)
PS: Perdão pelos erros ortograficos e de acentuação, esse teclado me deixa louca!
Hoje fazem dezoito dıas que eu deixeı o Brasil. O tempo esta passando tão rapido! Talvez por causa da rotina super corrida, com escola em dois periodos e aulas de turco nos finais de semana, nem estou sentindo o tempo passar. Não me entendam mal, porque é meio obvio que eu estou morrendo de saudades da minha familia e dos meus amigos. Meu coração se aperta so em pensar nisso. Porem, fazer intercâmbıo sempre foi o meu sonho, e essa é uma oportunidade que eu espero (estou) aproveitar o maximo que posso.
Diferente do Brasil, as escolas privadas em Istanbul começam as oito e meia da manhã e terminam as quatro e meia da tarde. Aqui nos temos de oito a nove aulas diarıas e um breaktime para a hora do almoço, que se não me engano, dura trınta mınutos. Na primeira semana de aula foi muito dıficil acompanhar o ritmo da sala. Nenhum aluno dorme ou mostra desinteresse, pelo contrario. Quando o professor entra na sala todo mundo é obrigado a levantar, em sınal de respeito.
Estou estudando numa rede de escolas bem famosa - e cara - por aqui, chamada İstek. Por ser uma escola bilingue, tenho aulas em turco e em ınglês. Mesmo (as vezes) podendo compreender o que os professores falam, para ser muıto sincera, a escola é muito chata. Como existem provas para entrar na universidade, eles me colocaram no ano onze (o penultimo ano), e estou estudando com jovens de dezesseıs e dezessete anos. Não falo muito com os meus colegas de sala, e depois de tanto tentar e ser ignorada, resolvi desistir de fazer amigos por la.
Outra coisa bem dıferente por aqui, é que uma vez por semana eu tenho que participar do que eles chamam de clubes. Como eu sou intercambista e entrei na escola uma semana depois de começar as aulas, me colocaram - sem me perguntar o que eu querıa - no Scrabble Club. Scrabble é um jogo de palavras em inglês, e é tão tediante que so os nerds e as crianças participam. Estou tentando mudar, mas como fiquei doente semana passada, faltei na escola quinta e sexta feira.
Sobre o uniforme, uma foto vale maıs do que mıl palavras.
Como eu ja coloquei na legenda do Facebook, "Quem rir, apanha!"
Hoje, seis de Outubro, é o dia da Independência de Istanbul, e nenhuma Hıgh School teve aula. Então, vou aproveitar o dia para sair com a minha Host Sister ou para explorar algum lugar ainda desconhecido perto da minha casa.
Por hoje é so isso, mas eu prometo postar em breve.
Estou morrendo de saudades, Brasil!
Görüsüruz! (Vejo vocês depois)
PS: Perdão pelos erros ortograficos e de acentuação, esse teclado me deixa louca!
sábado, 17 de setembro de 2011
Do que você abriria mão por um sonho?
Hoje foi um dos dias mais difíceis da minha vida. Se eu já me sentia complexa, perdi o chão. Medo de estar a caminho do desconhecido. Tristeza por abandonar as pessoas que eu realmente admiro e considero. Ansiedade para conhecer o lugar aparentemente maravilhoso que eu escolhi para viver durante um ano. Alegria por estar realizando algo que não é apenas um sonho meu, mas também de duas pessoas que sempre serão espelhos para mim. Sentir todas essas coisas intensas ao mesmo tempo está me fazendo uma pessoa muito mais sentimental e emotiva. E bom, se você me conhece bem, sabe como eu posso ser molenga com sentimentos.
O meu visto saiu de última hora e o tempo está curto. Eu, infelizmente, não vou conseguir me despedir de muitas pessoas como deveria. É tão difícil, sabe? Difícil porque eu não consigo não chorar. Não consigo sorrir enquanto meu coração está virando farelo. Mas ao mesmo tempo, não consigo ficar triste por algo que eu realmente desejo e quero e sinto no meu coração que é o certo a se fazer.
Nunca achei que dizer adeus fosse algo tão difícil, que se despedir das pessoas que eu realmente me importo doesse tanto. E dói muito. Talvez por isso, tão desesperadamente venho tentando convencer a mim mesma de que isso não será, de forma alguma, uma despedida real. Não é um adeus. Não é um adeus. Não é um adeus. É um até logo de longíssimo prazo.
Malas prontas. Passagem nas mãos. Amanha cedo, as seis e meia da manhã, eu estarei embarcando. Não sei exatamente o que está se passando na minha cabeça. É tudo tão confuso. Enquanto uma parte de mim deseja ficar no Brasil e nunca mais cogitar ir embora, outra está desesperada para explorar e conhecer. Sei lá, como diz Caio Fernando “barquinho na correnteza, Deus dará”.
Chorar descontroladamente.
Tomar decisões.
Abrir mão.
Arriscar.
Isso é viver, não?
Hoje foi um dos dias mais difíceis da minha vida. Se eu já me sentia complexa, perdi o chão. Medo de estar a caminho do desconhecido. Tristeza por abandonar as pessoas que eu realmente admiro e considero. Ansiedade para conhecer o lugar aparentemente maravilhoso que eu escolhi para viver durante um ano. Alegria por estar realizando algo que não é apenas um sonho meu, mas também de duas pessoas que sempre serão espelhos para mim. Sentir todas essas coisas intensas ao mesmo tempo está me fazendo uma pessoa muito mais sentimental e emotiva. E bom, se você me conhece bem, sabe como eu posso ser molenga com sentimentos.
O meu visto saiu de última hora e o tempo está curto. Eu, infelizmente, não vou conseguir me despedir de muitas pessoas como deveria. É tão difícil, sabe? Difícil porque eu não consigo não chorar. Não consigo sorrir enquanto meu coração está virando farelo. Mas ao mesmo tempo, não consigo ficar triste por algo que eu realmente desejo e quero e sinto no meu coração que é o certo a se fazer.
Nunca achei que dizer adeus fosse algo tão difícil, que se despedir das pessoas que eu realmente me importo doesse tanto. E dói muito. Talvez por isso, tão desesperadamente venho tentando convencer a mim mesma de que isso não será, de forma alguma, uma despedida real. Não é um adeus. Não é um adeus. Não é um adeus. É um até logo de longíssimo prazo.
Malas prontas. Passagem nas mãos. Amanha cedo, as seis e meia da manhã, eu estarei embarcando. Não sei exatamente o que está se passando na minha cabeça. É tudo tão confuso. Enquanto uma parte de mim deseja ficar no Brasil e nunca mais cogitar ir embora, outra está desesperada para explorar e conhecer. Sei lá, como diz Caio Fernando “barquinho na correnteza, Deus dará”.
Chorar descontroladamente.
Tomar decisões.
Abrir mão.
Arriscar.
Isso é viver, não?
Assinar:
Comentários (Atom)






