sábado, 17 de setembro de 2011

Do que você abriria mão por um sonho?

Hoje foi um dos dias mais difíceis da minha vida. Se eu já me sentia complexa, perdi o chão. Medo de estar a caminho do desconhecido. Tristeza por abandonar as pessoas que eu realmente admiro e considero. Ansiedade para conhecer o lugar aparentemente maravilhoso que eu escolhi para viver durante um ano. Alegria por estar realizando algo que não é apenas um sonho meu, mas também de duas pessoas que sempre serão espelhos para mim. Sentir todas essas coisas intensas ao mesmo tempo está me fazendo uma pessoa muito mais sentimental e emotiva. E bom, se você me conhece bem, sabe como eu posso ser molenga com sentimentos.

O meu visto saiu de última hora e o tempo está curto. Eu, infelizmente, não vou conseguir me despedir de muitas pessoas como deveria. É tão difícil, sabe? Difícil porque eu não consigo não chorar. Não consigo sorrir enquanto meu coração está virando farelo. Mas ao mesmo tempo, não consigo ficar triste por algo que eu realmente desejo e quero e sinto no meu coração que é o certo a se fazer.

Nunca achei que dizer adeus fosse algo tão difícil, que se despedir das pessoas que eu realmente me importo doesse tanto. E dói muito. Talvez por isso, tão desesperadamente venho tentando convencer a mim mesma de que isso não será, de forma alguma, uma despedida real. Não é um adeus. Não é um adeus. Não é um adeus. É um até logo de longíssimo prazo.

Malas prontas. Passagem nas mãos. Amanha cedo, as seis e meia da manhã, eu estarei embarcando. Não sei exatamente o que está se passando na minha cabeça. É tudo tão confuso. Enquanto uma parte de mim deseja ficar no Brasil e nunca mais cogitar ir embora, outra está desesperada para explorar e conhecer. Sei lá, como diz Caio Fernando “barquinho na correnteza, Deus dará”.


Chorar descontroladamente.
Tomar decisões.
Abrir mão.
Arriscar.
Isso é viver, não?

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